Os cadernais são compostos por várias roldanas metidas numa mesma caixa, mas podendo girar independentemente umas das outras em torno de um eixo comum formando assim o cadernal. A reunião de dois cadernais, um fixo e outro móvel, ligados pelo mesmo cabo, que vai passando sucessivamente nas golas das suas roldanas, chama-se talha. A extremidade do cabo, estando ligado à caixa do cadernal superior, vai passar no 1º gorne do cadernal inferior, em seguida no 1º gorne do cadernal superior, desce novamente ao 2º gorne do cadernal inferior e assim sucessivamente até que tendo passado por todos os gornes, destaca-se do cadernal fixo. A este extremo do cabo chama-se o tirador.

Modelo que permitia demonstrar como elevar cargas, utilizando o fator multiplicador 2, sendo o número de roldanas em cada talha.

A roldana, designada em física por máquina simples, permite que uma pequena força possa manter em equilíbrio uma outra muito superior ou possa mover uma carga considerável. A sua invenção foi atribuída a Arquimedes, apesar do seu uso ser muito anterior à época em que este viveu. Este facto está sem dúvida associado a uma das suas memórias, Do Equilíbrio dos Planos, onde se pode encontrar o enunciado e a demonstração das leis das alavancas - e fisicamente uma roldana não é mais do que uma alavanca. A grande variedade de aplicações deste dispositivo estimulou a pesquisa dos inventores que, mediante diversos tipos de combinações de roldanas fixas e móveis, por vezes associadas a parafusos sem fim e a rodas dentadas, e substituindo os cabos ou cordas por correntes metálicas, permitiram o manuseamento de resistências muito elevadas com a aplicação de potências comparativamente baixas.