Composto por uma base em madeira com um copo de vidro e duas colunas isoladoras, também elas em vidro, que comunicam com um suporte superior onde ao centro está colocada uma haste de latão alinhada com uma outra na base do objeto colocada entro do referido copo.

Utilizado para pôr em evidência os efeitos mecânicos de despedaçamento, rutura ou expansão violenta que acompanham a passagem de uma forte descarga elétrica, através de um corpo mau condutor.

Aperfeiçoadas as máquinas eletrostáticas e possuindo dispositivos para armazenar a eletricidade por elas produzida, as experiências de eletricidade estática divulgaram-se de tal forma que, além dos trabalhos de pesquisa efetuados por diversas personalidades, eram efetuadas diversas sessões públicas muito concorridas, e onde eram utilizados muitos dispositivos com os quais se demonstravam as capacidades espantosas desta nova força da natureza, com numerosos voluntários para receber as descargas elétricas tão em voga. Sempre que se dá uma descarga da energia elétrica acumulada numa máquina eletrostática, essa energia é transformada uma outra forma, seja luminosa, calorífica, mecânica ou outras, e existe uma série de dispositivos de descarga para observação dos efeitos daí resultantes. Muitos desses dispositivos têm apenas um caráter demonstrativo ou didático, contando-se entre eles o dispositivo de saraiva elétrica, o quadro fulminante, o torniquete elétrico, o termómetro de Kinnersley, o vento elétrico e o excitador universal, entre outros.

Carta de 27 de Abril de 1868