Este é o modelo clássico de laboratórios e de gabinetes de física. A máquina de Gramme é uma máquina de íman vertical, em aço de Allevard, funcionando com uma manivela e uma engrenagem. É constituída por um núcleo cilíndrico formado por discos de folha de ferro empilhados e isolados uns dos outros, e em torno do qual é enrolado, no sentido das geratrizes, um fio contínuo de cobre isolado, à sua superfície ou em entalhes longitudinais. O coletor é constituído por varas de cobre dispostas em torno do eixo e isoladas. Este cilindro gira entre os polos de um íman permanente em forma de ferradura, contendo seis lâminas de aço, confinando as duas peças polares de ferro macio. Estas peças envolvem o anel de Gramme quase que por completo, podendo ser encontradas dentro de todos os outros tipos de máquinas do mesmo inventor, com exceção das máquinas, onde as peças são fundidas. Este aparelho dá em movimento normal (acionado por um só homem) sobre um circuito de 6 ohms de resistência, uma corrente de 20 volts e 4 amperes para experiências de curta duração. Nas mesma condições, utilizando as duas manivelas (acionadas por dois homens) pode fazer-se com que a máquina atinja 30 volts e 6 amperes, podendo servir de motor elétrico. A base é em madeira servindo de sustentação a todo o mecanismo.

Utilizada para transformar energia mecânica em energia elétrica.

Zénobe Théophile Gramme (1826-1901), físico belga, mal sabia ler e escrever quando foi para Paris em 1856. Trabalhou na construção de máquinas elétricas, entusiasmou-se pelo estudo da Física. Em 1869 adaptou um anel a um dínamo, obtendo assim um modelo prático de gerador de corrente contínua, que apresentou à Academia das Ciências, em 1871. Esse gerador foi industrializado a partir de 1878.