Este diapasão produz um movimento vibratório mantido com o auxílio de duas bobinas formando um eletroíman, de maneira a manter um regime vibratório permanente. Ele pode ser empregue como interruptor de correntes de intervalos regulares e muito próximos. Assim temos um diapasão com os seus dois braços em aço, sustentando um estilete fixo com um parafuso. Este está destinado a registar as vibrações do diapasão, podendo, conforme os casos, ser um fio de aço ou uma agulha triangular. O outro braço interrompe a corrente. Possui também uma haste com rosca, fixa a um suporte de ferro solidamente apertado a uma prancheta de madeira. O eletroíman está igualmente fixado na referida prancheta, possuindo cada um deles, um parafuso regulador. Uma das pontas do fio da bobina comunica com a haste do diapasão e a outra com um dos pólos, negativo por exemplo, de uma pilha. As extremidades dos parafusos reguladores estão à distância de dois ou três milímetros dos braços do diapasão. A corrente da pilha passa dentro do eletroíman, que atrai imediatamente os braços do dispositivo. A corrente é interrompida e não se restabelece enquanto o diapasão não efetuar uma vibração completa. Este aparelho funciona, por conseguinte, como um interruptor elétrico.

Utilizado para afinar instrumentos musicais entre outras aplicações.

Heinrich Rudolf Hertz (1857-1894), físico alemão, nascido em Hamburgo, e educado na Universidade de Berlim. A partir de 1885 a 1889 foi professor de física na escola técnica em Karlsruhe e depois de 1889 professor de física na Universidade de Bona. Hertz esclareceu e expandiu a teoria eletromagnética da luz que tinha sido avançada por o físico britânico James Clerk Maxwell, em 1884. Hertz provou que a eletricidade pode ser transmitida em ondas eletromagnéticas, que viajam à velocidade da luz e que possuem muitas outras propriedades da luz. As suas experiências com estas ondas eletromagnéticas levaram ao desenvolvimento do telégrafo sem fio e de rádio.
Este instrumento foi construído, em 1888.