Composto por um quadro galvanométrico muito ligeiro, de forma retangular, suspenso verticalmente num fio de torção metálico, que servia para fazer de eixo de rotação e de fio condutor de corrente. O íman é formado por uma barra de ferro em forma de ferradura, fixo à base do suporte em forma retangular em lousa assente em quatro parafusos niveladores. Um multiplicador retangular está colocado entre os polos magnéticos deste íman, no seu interior possui um cilindro de ferro macio para aumentar o campo magnético. Um parafuso no topo da haste de suspensão permite regular a posição do multiplicador, assim como regula um pequeno espelho circular, que se encontra logo acima deste. O espelho destinava-se unicamente e exclusivamente a determinar oticamente qualquer torção do fio. As leituras são feitas através de uma escala, colocada à distância de um metro aproximadamente do aparelho. Quando se liga o galvanómetro a um circuito através dos dois ligadores existentes na sua base, a corrente que atravessa o multiplicador cria duas forças iguais, ditas de Lapace, e perpendiculares quer ao campo magnético, quer à direção da corrente, fazendo-o rodar em torno do fio de suspensão. Neste galvanómetro os desvios são igualmente registados através de um ponteiro colocado na parte inferior do multiplicador e que conforme as torções verificadas no fio se vai movendo ao longo de um cilindro munido de papel milimétrico. Este cilindro é acionado através de um mecanismo incorporado no aparelho.

Utilizado para medir a intensidade e do sentido das correntes elétricas.

O galvanómetro foi criado pelo físico e químico inglês Michael Faraday (1791-1867), que em sua época foi um dos primeiros cientistas a estudar a relação entre magnetismo e eletricidade.