Composto por um sistema de relojoaria que é constituído por duas rodas de diâmetro diferentes, isoladas uma da outra por uma rodela de marfim. A roda com diâmetro maior engrena com a haste dentada que se encontra dentro da caixa, que por meio da haste que se encontra na parte superior do regulador se relaciona com o porta-carvão positivo; a segunda roda está em relação com o porta-carvão negativo. A haste dentada que se encontra na parte superior do objeto entra na parte principal do sistema de bobinas, cujo diâmetro vai aumentando de cima para baixo, até meio da sua altura. Uma pequena roda no interior da caixa está ligada com a roda mais pequena, por meio da roda com diâmetro maior e, por intermédio de uma outra, com a roda maior. Com esta disposição consegue-se, utilizando uma chave fêmea de abertura quadrada em que entra o macho ou espigão, imprimir movimento às duas hastes dentadas, elevando ou diminuindo o foco luminoso, como muitas vezes é necessário em certas experiências de ótica. O barrilete solidário das rodas está submetido à ação de um pequena mola de relógio que, por uma das extremidades, se fixa ao eixo e pela outra ao próprio barrilete; atuando sobre este faz mover as rodas, bem como as hastes dentadas, cujo movimento se torna bastante suave fazendo-as deslocar entre rodízios. O diâmetro das duas rodas motoras está na relação de dois para um, de modo que quando a haste superior desce até um certo nível, a haste superior eleva-se a um nível duas vezes menor. Há ainda uma outra mola aplicada sobre os eixos das rodas cujo papel é pô-las fora de serviço, logo que não haja necessidade de as utilizar. Na base do aparelho encontram-se dois ligadores, que ligam aos polos do electro. Existem ainda quatro colunas verticais que sustentam a platina ou tampa do cilindro, que envolve todo o mecanismo do regulador de Gaiffe. O funcionamento deste aparelho pode ser assim descrito: a corrente entra pelo ligador da direita, subindo pela coluna vertical, passando pela haste (que se encontra na parte superior do regulador) e daí passa ao carvão positivo, transpondo a distância interpolar, seguindo pelo carvão negativo, percorre o fio da bobina e saí pelo outro ligador (o da esquerda). O mecanismo aproximador dos carvões é o barrilete, que é movido pela mola de relógio, a força que os afasta é a ação atrativa da bobina, claro está que será do antagonismo regulado das duas forças que resultará a fixidez do arco voltaico. O peso dos carvões em nada entra no exercício do aparelho. Quando o regulador começa a trabalhar os carvões estão em contacto através das suas extremidades polares, passa a corrente e ativa o solenoide. Logo que o consumo dos carvões aumenta a distância interpolar, a força atrativa do solenoide diminui, visto que a corrente passa em menos intensidade. Predomina desde logo a força da mola do barrilete e os carvões aproximam-se novamente até que a distância interpolar permita restabelecer o equilíbrio entre as duas forças que entram em jogo no regulador Gaiffe. A variação sucessiva no diâmetro do solenoide, até meio da sua altura, serve para contrabalançar a variabilidade na intensidade da ação do barrilete, durante o movimento dos porta-carvões.

Utilizado para restabelecer e conservar uma distância constante, entre os elétrodos e manter no arco voltaico o seu comprimento e brilho.

Adolphe Gaiffe (1832-1887) construtor francês de instrumentos científicos que em 1856, fundou a empresa com o seu nome, permaneceu na empresa até ao início do século XX. Esta especializou-se na produção de aparelhos e instrumentos de medição elétrica.