Este aparelho surge em sequência de muitas das invenções e experiências elaboradas por Foucault. A pilha forneceu o mote para uma nova experiência que vem corroborar de uma maneira marcada os conhecimentos já adquiridos relativamente à transformação de calor em movimento e vice-versa. As correntes induzidas não se desenvolvem somente dentro dos circuitos formados por condutores lineares, elas produzem-se igualmente dentro das massas metálicas transferidas para os campos magnéticos. As correntes de Foucault são produzidas por meio de um trabalho mecânico. A energia consumida encontra-se no aquecimento da massa metálica sem influência das correntes induzidas. Para provar esta teoria temos este aparelho que é composto por um disco em cobre vermelho, colocado entre os dois polos de um potente eletroíman. Constata-se que a resistência oposta ao movimento do disco por ação do campo magnético do electro é considerável. Se se desenvolver contudo um esforço suficiente para continuar a fazer rodar o disco, este último aquece. Através da ação dos friccionadores sobre a circunferência do disco e sobre o seu eixo, verifica-se que uma corrente com pouca força eletromotriz pode ter uma grande intensidade. Este aparelho possuí igualmente um sistema com uma roda dentada, que pode ser movimentada à mão ou com o auxílio de uma manivela, produz um movimento de rotação de 150 a 200 voltas por segundo, quando a corrente passa, nota-se uma resistência considerável e se não se diminuir o movimento o disco aquece muito rápido. Por exemplo três elementos de Bunsen provocam que em três minutos a temperatura do disco se eleve de 10º a 60º, se utilizarmos seis elementos, a resistência é tal, que não pode estar a funcionar muito tempo.

Utilizado para evidenciar o fenómeno relativo à produção de correntes induzidas em um condutor que se move em um campo magnético e, de um modo particular, a transformação em calor de parte do trabalho despendido para manter o condutor em movimento. As correntes induzidas no condutor, chamadas correntes de Foucault, ou correntes de Eddie, é que provocam o seu aquecimento.

Jean Bernard León Foucault (1819-1868), foi um dos maiores nomes da história da ciência. Tendo sido educado inicialmente para se médico Léon Foucault cedo abandonou sua profissão, devido à sua aversão pelo sangue. Ao se tornar amigo de Armand Fizeau, que se dedicava à Física, passou a se interessar por essa área do conhecimento, vindo a se tornar um físico experimental de grande habilidade. Estendeu sua curiosidade a quase todos os campos do conhecimento, contribuiu para o desenvolvimento da astronomia, da eletricidade e da mecânica. Neste último terreno chegou à invenção do giroscópio. Aparelho dotado de um comportamento "anormal", viria a se constituir na base de um sem-número de sistemas direcionais empregados em praticamente todos os meios de transporte: como elemento-guia em foguetes, substituindo a bússola em navios, como estabilizador em aeroplanos. Um dos experimentos mais famosos de Foucault, no entanto, é admirável até hoje por sua simplicidade: ele demonstrou experimentalmente que a Terra gira! Evidentemente, isso já não era posto em dúvida desde Galileu, mas tal movimento havia sido apenas deduzido, não demonstrado.
Foucault simplesmente construiu um pêndulo e fê-lo manter-se oscilando. Com o passar das horas, o plano de oscilação própria do pêndulo parecia deslocar-se. Na verdade ocorria o contrário: a base, a superfície da Terra, é que se movia sob ele.
Nos polos, o pêndulo de Foucault faz uma volta completa em um dia. Em São Paulo, por exemplo, situada à latitude de 20º 30º, em 24 h o pêndulo gira apenas de 144º.