Composto por uma caixa de madeira com cinco ligadores em latão (P; PM; T; LM; L), numa das extremidades da base. No topo do aparelho temos o para-raios propriamente dito, constituído por duas placas de latão sobrepostas, com a interposição de um dielétrico, isto é, de uma lâmina de substância isoladora. O papel é em regra um bom isolador, no entanto também é um absorvente notável da humidade ambiente e esta é condutora de eletricidade. A grande secção relativa do papel dos para-raios é a sua diminuta espessura. A aresta exterior é recortada em conformidade com as superfícies da condensação deixam-se apenas as linhas indispensáveis à solidez do conjunto. Aqui o papel perde as suas funções de dielétrico, passando a ser apenas um simples regulador prático da espessura do dielétrico que o substitui, e que é o ar seco. É o melhor isolador e portanto o que maior resistência opõe à passagem das correntes elétricas. Todo este conjunto está em comunicação com a linha e em comunicação com terra. Sempre que a linha se eletriza, ou em consequência das funções elétricas da pilha a que está ligada, ou em consequência de influências atmosféricas, a perturbação elétrica estende-se à placa interposta ou ligada ao circuito de linha. Desta perturbação resulta uma ação indutiva sobre a placa ligada à terra. Os outros ligadores externos fazem as seguintes conexões: P e PM está ligada uma pequena bobina; T e LM estão ligados ao condensador interno; LM e L a outra bobina colocada no outro extremo do aparelho. Deste modo o pára-raios com a interposição de papel recortado satisfaz plenamente todas as exigências telegráficas, pois as tensões inferiores a 400 elementos de pilha de Leclanché, a que são insensíveis os demais sistemas, não ocasionam estragos nos aparelhos telegráficos. A sua posição numa instalação telegráfica está claramente indicada pelas funções que lhe são cometidas. Deve preceder todos os aparelhos no circuito de receção e ser colocado, portanto em PR, antes da bússola.

Utilizado para manter em boas condições de sensibilidade, mesmo em caso de trovoada, os aparelhos da estação, respeitando os movimentos elétricos que se operam pelos fios telegráficos.