| Denomimaçao Especifica: | Telégrafo Impressor de Hughes |
| Descrição: | Este é um dos melhores telégrafos impressores, o papel que desempenha a eletricidade no telégrafo é insignificante, o que é de grande vantagem. O motor é um grande peso de 40 ou 60 kg, que tende a fazer mover todo o mecanismo, por meio da cadeia; a corrente elétrica o que faz é estabelecer a ligação com uma roda, cujo eixo tem um excêntrico que, no momento preciso, levanta uma fita de papel e a leva ao contacto de uma roda de tipos, imprimindo-se sobre o papel o caráter tipográfico que se acha na parte inferior da circunferência da dita roda. O eletroíman, onde passa a corrente, está em contacto com um pequeno magnete permanente, de modo que no estado de repouso acha-se magnetizado e atraí a armadura; porém passa a corrente elétrica nas bobinas como a sua ação se exerce no sentido oposto, desmagnetiza-se, larga a armadura, e uma mola antagonista afasta a armadura e atua sobre o mecanismo que leva o papel ao contacto da roda de tipos. O manipulador é um teclado como um piano, composto de teclas brancas e pretas onde estão marcadas as letras do alfabeto; são vinte e oito teclas, correspondentes a vinte e seis letras do alfabeto, um ponto e um branco. Quando se carrega numa destas teclas uma alavanca faz elevar um dos dentes de aço que entram nos orifícios de uma roda horizontal. Esta roda de vinte e oito orifícios correspondentes às vinte e oito teclas do manipulador seu eixo vertical e carro têm um movimento de rotação fazendo duas voltas por segundo; o carro tem uma placa metálica isolada por discos de marfim do resto do aparelho, mas em comunicação com o eixo; se, por exemplo, se carrega na tecla G o dente correspondente saí acima do orifício do disco e encontra a dita placa. A corrente vinda da pilha entra no ligador P, vai ao teclado, deste vai ao dente que se elevou no disco horizontal, passa à placa e ao eixo vertical, ao maciço do aparelho e ao botão; e no caso de se querer enviar um despacho faz-se comunicar o botão com a régua metálica por meio de uma manivela também ela metálica, de modo que a corrente passa na régua, vai ao eletroíman, e ao fio de linha que a conduz ao eletroíman do aparelho da estação destinatária. Quando se receber um despacho, deve estabelecer-se a comunicação entre a régua metálica e o segundo botão. Quando o eletroíman se desmagnetiza, o que tem lugar nele passa a corrente que neutraliza a ação do magnete, a mola antagonista solicita a armadura em sentido oposto, que move a alavanca, a qual faz uma roda que sempre gira com outra, que sendo arrastada move um excêntrico que levanta a fita de papel e a leva ao contacto do mecanismo impressor. Esta roda, cujo eixo tem o excêntrico, não pode, porém, fazer mais do que uma volta, porque no fim da mesma, uma lâmina, espécie de excêntrico, produz a desligação, e ao mesmo tempo faz baixar a alavanca, levantando de novo a armadura ao contacto do eletroíman que assim fica outra vez magnetizado, até que de novo passa a corrente elétrica quando se tocar em alguma tecla do manipulador. A roda de tipos gira continuamente pela ação do mecanismo de relojoaria; tem vinte e seis letras, um ponto e um branco (tal como o teclado); recebe tinta constantemente por meio do rolo. A roda deve andar de acordo com o carro do disco, de modo que quando o dente elevado acima deste disco for, por exemplo, o correspondente à letra C, esteja a letra C na parte inferior da roda de tipos; logo que a fita de papel é elevada pelo modo que já referi, um excêntrico atua sobre uma alavanca, que tem uma lâmina que faz andar uma pequena roda, a qual faz girar o rolo em que se apoia o papel, de modo que este avança de um espaço igual ao intervalo entre duas letras, e está portanto apto a receber a impressão da letra imediata. Os aparelhos das estações que transmitem, e os das que recebem devem marchar sincronicamente; para isso regula-se a marcha do mecanismo de relojoaria por meio de um cursor, de modo que o carro faça duas voltas por segundo; então uma mesma letra transmitida em cada volta do carro, deve reproduzir-se sempre no outro aparelho. |
| Finalidade: | Utilizado para imprimir o telegrama em tipos comum de impressão. |
| História do Objecto: | Em 1855, na faixa etária 24, David E. Hughes (1831-1900) ao tentar elaborar uma máquina de copiar música construiu, por acidente, um novo tipo de impressão telégrafo. Era utilizada uma mola vibrando, como um governador sintonizado, para um determinado "tom" para conseguir a sincronização. Cronologia: 1887/88 – Adquirido em França para o Gabinete de Eletrotecnia; 1938 – Segundo o inventário do Instituto Industrial, encontrava-se no Laboratório de Eletricidade desta instituição; 2000 – É integrado no espólio do Museu do ISEP. |
| Localização: | Exposição - Sala de Física - 28 |
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| Tipo de Material: | madeira, ferro e latão | ||||||||||||||||||||
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| Época / Periodo Cronológico: | |
| Século(s): | - |
| Ano(s): | 1887 - 1888 |
| Justificação da Data: | Relatório sobre o Instituto Industrial e Comercial do Porto, Ano lectivo de 1887-1888, Imprensa Nacional, 1889.
Oficio expedido nº 64 de 14 de Maio de 1888 |
| Outras Datações: |
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| Data: | |
| Ano(s): | 1887 - 1888 |
| Modo de Incorporaçao: | Aquisição |
| Preço: | 400$00 Esc. |
| Especificação: | Oficio expedido nº 64 de 14 de Maio de 1888 |
| Livros: |
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| Observações: |