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Informação do Objecto
Número de Inventário: MPL50OBJ
Instituição proprietária: Instituto Superior de Engenharia do Porto
Super categoria : Objectos
Categoria: Eletrotecnia
Sub-Categoria: Magnetismo Terrestes
Designação Genérica: Bússola de Inclinação
Outro Número de Inventário: 13,3148
Detalhes do Objecto
Denomimaçao Especifica: Bússola de inclinação
Descrição:
Composta por um círculo horizontal graduado, colocado sobre um tripé munido de parafusos de nivelamento, e que serve de sustentação à bússola propriamente dita. Esta é constituída por um círculo vertical graduado, fixo em duas colunas, e em cujo centro se move uma agulha magnética em torno de um eixo horizontal. O meridiano magnético é determinado rodando horizontalmente a bússola até que a agulha esteja na posição vertical, o que corresponde a uma orientação perpendicular relativamente a esse meridiano. Rodando então a bússola de 90º, o ângulo que a agulha magnética faz com a horizontal representa a inclinação magnética do lugar.
Finalidade:
Utilizada para fazer leitura da inclinação magnética de um lugar.
História do Objecto:
Instrumento construído por William Gilbert (1544-1603). Em 1558 frequentou Frequentou o St. John's College, na Universidade de Cambridge, onde prosseguiu os estudo durante onze anos, dedicando-se mais às disciplinas científicas, nas quais revelava grande aptidão. Em 1565, foi nomeado examinador de matemática e quatro anos mais tarde recebeu o título de doutor em medicina.
Não se conhece muito dessa época de sua vida, a não ser o êxito como estudante e uma longa viagem empreendida pelo continente europeu. Na Itália, esteve provavelmente em Pisa, onde exerceu honrosamente a profissão de médico e conheceu alguns estudiosos, com os quais posteriormente manteve correspondência. Em Veneza tornou-se amigo do teólogo Paolo Sarpi.
Em 1573, estava novamente em Londres; inscreveu-se no Colégio Real de Médicos, onde viria a ocupar cargos de notável importância, como os de censor, tesoureiro e presidente. Em 1589, tornou-se membro do comité para redacção da "Pharmacopaeia Londoniensis", publicada muito depois, em 1618.
O renome de Gilbert como médico cresceu a ponto de a rainha Elizabeth I convidá-lo para tratar exclusivamente dela. Não foi, no entanto, como discípulo de Hipócrates que ingressaria na história da ciência; isso aconteceu com a publicação, em 1600, da obra "De Magnete, Magneticisque Corporibus et de Magno Magnete Tellure - Physiologia Nova".
O que se evidencia logo aos primeiros capítulos do livro é a posição claramente crítica diante da obra dos antigos, que julga incapazes de elaborar o material empírico. Gilbert ataca também os contemporâneos, aos quais chama de literatos bufões e copistas, que julgam fazer filosofia quando não sabem fazer mais que remanejar e dissertar sobre os dogmas das doutrinas vindas de Aristóteles.
O maior mérito do "De Magnete" consiste justamente em apresentar mais de seiscentas experiências, em parte feitas pelos predecessores, outras realizadas por ele mesmo, sob orientação de informações recebidas quase sempre de homens do mar. Retomando as ideias de Pierre de Maricourt, Gilbert foi o primeiro a chamar de polos às extremidades de uma agulha que ficam dirigidas para o norte e para o sul da Terra. Definiu como magnéticos os corpos que, como os ímanes, se atraem, e descobriu as afinidades e diferenças entre corpos elétricos e corpos magnéticos. Mostra como qualquer material pode tornar-se elétrico, ao passo que só os compostos de ferro são capazes de magnetização. Atualmente, sabe-se que isso não é correto, pois há substâncias como o cobalto e o níquel, por exemplo, que também apresentam propriedades magnéticas. De qualquer forma, a Gilbert cabe o mérito da distinção entre o magnetismo e a eletricidade.
Especialmente importantes foram as contribuições de Gilbert a respeito do magnetismo da Terra. Servindo-se engenhosamente de um íman esférico - "terrella", como o chamava -, sobre cuja superfície apoiava-se uma agulha, estudou suas propriedades e descobriu que correspondiam às da Terra. Daí concluiu ser este um grande íman, conseguindo explicar a direção norte, sul da agulha magnética e sua inclinação, bem como definir o eixo de um íman e as linhas de força da Terra.
"Os raios da força magnética distribuem-se por toda parte em zonas concêntricas, e o centro de tais orbes não fica no polo, mas no centro da pedra (de íman) e da terrella. Do mesmo modo, o centro da Terra é o centro dos movimentos magnéticos. "
Assim, o íman não é uma justaposição de dois centros de atração, mas uma unidade. Daí decorre que as linhas de força se estendem também pelo interior do íman e formam um circuito fechado.
Gilbert rejeita todas as explicações mágicas, desenvolvendo uma ideia que exercerá enorme influência sobre Kepler e Newton: os corpos atraem-se em virtude de uma força física. Que pode ser medida e estudada. Essa força pode ser constatada nos ímanes e no ferro.
A influência das novas ideias de Gilbert foi extensa e profunda, tendo provocado grande interesse e fazendo do médico da soberana um homem famoso em toda a Europa.
Localização: Exposição - Sala de Física - 25.1
  Marca Local Provniencia Inscrições
 1  Secretan 0 Paris Laboratório de Electricidade (sala nº 9)
Tipo de Material: madeira, vidro e várias ligas metálicas
  Parte Descrita Tipo Medida Medição Unidade Medida
 1  Medidas gerais Largura 30 cm
 2  Medidas gerais Comprimento 30 cm
 3  Medidas gerais Altura 42 cm
Época / Periodo Cronológico:
Século(s): -
Ano(s): 1867 - 1868
Justificação da Data:
Carta de 27 de Abril de 1868
Outras Datações:
  Estado Data Especificações
 1  Bom 2002-10-23 Completo
Data:
Ano(s): 1867 - 1868
Modo de Incorporaçao: Aquisição
Preço: 120.000 reis (1868) / 500$00 Esc. (1938)
Especificação:
  Título Local Início Fim Catalogo
 1  "Memórias da Physica" Sala do Museu 1998-11-02 1999-07-31 31
  Local Especificaçoes Processo Outra Início Fim
Observações:
50 / 3557