Composta por uma caixa circular de cobre com um limbo graduado e em cujo centro repousa um espigão que suporta uma agulha magnética muito leve em forma de losango alongado. A esta caixa aonde estão aplicadas duas colunas laterais que sustentam um eixo horizontal sobre o qual está fixa uma luneta astronómica, móvel no plano vertical. O conjunto encontra-se sobre uma tripé de com parafusos de nivelamento, em torno da qual pode rodar livremente na direção horizontal, e onde se encontra fixo um círculo azimutal destinado a medir o desvio angular da luneta por intermédio de um nónio. A inclinação da luneta relativamente à linha do horizonte é determinada com um nónio vertical existente numa das colunas laterais. Nivelada a bússola, e com a luneta alinhada na direção do meridiano geográfico do lugar (linha N-S), a posição da agulha magnética relativamente à linha que define a direção N-S é o valor da declinação.

Utilizada para saber a declinação, através da observação da agulha magnética, relativamente à linha que define a direção Norte-Sul. A declinação de uma agulha é a diferença que uma bússola marca entre o norte geográfico e norte magnético.

Não se sabe quem foi o primeiro a notar essa diferença (a declinação), mas desde o séc. XV que aparecem referências a esse fenómeno. As expressões "nordestear" e "noroestear" eram usadas pelos nossos navegadores para se referirem à declinação de uma bússola. Ao longo do tempo veio a verificar-se que a declinação variava com o tempo e o lugar, não sem que se tivesse adiantado entre nós no início do séc. XVI que aquela poderia resolver o problema da longitude.

Relatório sobre o Instituto Industrial e Comercial do Porto, Ano Lectivo de 1887-1888, Lisboa, Imprensa Nacional, 1889.