Composto por um recipiente de vidro, de forma cilíndrica, fixado sobre um suporte metálico vertical, cuja base possui três parafusos niveladores, e em cujo interior se verte o líquido até à altura do seu diâmetro horizontal. A base posterior do cilindro assenta sobre um suporte e possui um aro metálico graduado ao longo de toda a circunferência em intervalos de um grau. Dois espelhos móveis permitem dirigir a luz incidente, proveniente de uma fonte colocada na parte de trás do aparelho, através de um pequeno orifício e de forma a incidir através da parte lateral do cilindro de vidro segundo um determinado ângulo relativamente à horizontal. A medida dos ângulos de incidência e de refração permite a determinação do índice de refração do líquido utilizado.

Utilizado para verificar experimentalmente as leis da refração da luz incidente sobre um meio líquido.

Depois dos primeiros trabalhos matemáticos gregos Euclides e Ptolomeu, os estudos teóricos das leis de propagação retilínea da luz, da sua reflexão e refração estão registados na obra Kitãb fí I-Manãzir ("Tesouros da ótica") e devem-se ao matemático e astrónomo árabe Ibn al-Haythãm (965-1069), o Ocidente pelo nome latinizado de Alhazan. Willebord Snell Van Royen (1580-1626), astrónomo e matemático holandês, enunciou em 1626 a lei refração da luz, que seria onze anos mais tarde deduzida teoricamente pelo filósofo e matemático francês Réne Descartes (1596-1650).