Composto por uma cuba prismática cujas faces são placas de vidro móveis em torno de charneiras horizontais, entre duas paredes igualmente de vidro, e em cujo interior é vertido um determinado líquido. Esta cuba repousa sobre um prato circular destinado a reter eventuais fugas de líquido. Uma das paredes tem gravado no topo uma escala angular, simétrica relativamente à vertical, que varia de zero a 30 graus para cada lado. Para um determinado ângulo de incidência da luz na face de entrada, mantida fixa, verifica-se que o ângulo de desvio vai crescendo com o aumento do ângulo do prisma.

Utilizado para mostrar diversos fenómenos relativos à refração e à dispersão da luz, quando esta atravessa um prisma líquido, e a sua dependência do ângulo do prisma.

Willebrord Snell van Royen (1580-1626), astrónomo e matemático holandês, enunciou em 1626 a lei da refração da luz, que seria onze anos mais tarde deduzida teoricamente pelo filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650) na sua obra "La Dioptrique", sendo hoje em dia conhecida por lei de Snell-Descartes.

Relatório sobre o Instituto Industrial e Comercial do Porto, Ano Lectivo de 1887-1888, Lisboa, Imprensa Nacional, 1889.