Composto por duas hastes verticais de latão que servem de suporte a uma lâmina de vidro não estanhado, móvel em torno de um eixo horizontal, e assente sensivelmente a um terço da altura destas hastes. na extremidade inferior estão ligadas a um espelho plano. No topo tem um disco graduado fixo e no interior do mesmo roda um segundo disco com uma abertura quadrangular no centro. Este disco possui uma placa de vidro negro, inclinada segundo a vertical de um ângulo de 35º 25º - ângulo de polarização do vidro. Um segundo disco anular pode fixar-se ao longo das hastes metálicas a diferentes alturas, sustentando um ecrã negro com um orifício central e que pode igualmente rodar em torno de um eixo horizontal. É sobre este disco que se colocam as substâncias que se pretende observar sob a luz polarizada. Toda a estrutura assenta num pequeno móvel de madeira com gaveta para guardar acessórios.

Utilizado para o estudo das propriedades da luz polarizada, a rotação do plano de polarização no quartzo, a colocação produzia pela polarização circular, etc.

A dupla refração da luz foi observada pela primeira vez em 1669 pelo médico e matemático dinamarquês Eramus Bartholin (1625-1698) num cristal de Islândia. Apesar de ter tentado dar uma explicação do fenómeno à luz da teoria cartesiana, só muito mais tarde foi descoberta e estudada a polarização da luz, em 1808, pelo físico francês Étienne Louis Malus (1775-1812). Entre os físicos que se dedicaram ao seu estudo, salienta-se o francês Jean-Baptiste Biot (1774-1865) com os trabalhos sobre a polarização cromática e rotatória, e o britânico David Brewter (1781-1868) com o estudo da polarização e dupla refração em cristais, tendo enunciado as leis da polarização por reflexão.