Composto por um tubo de vidro que possibilita a demonstração que as leis da queda livre de um líquido são as mesmas que regem os sólidos. Este tubo de vidro encontra-se parcialmente cheio de água - cerca de metade do volume disponível. Durante o processo de fabrico a água é submetida a um processo de ebulição prolongado para expulsar todo o ar do seu interior, antes de ser fechado. O vapor, transformado em água por condensação, ocupa um espaço menor criando assim um vazio. Segurando-o na vertical e virando-o 180º com um movimento brusco, a água cai em bloco na extremidade oposta produzindo um som seco, análogo ao som emitido por um sólido ao chocar com a parede de vidro.

Utilizado para demonstrar que no vácuo um líquido não se subdivide durante a sua queda, caindo como um bloco sólido, produzindo, por isso, um som semelhante ao da pancada de um martelo. Demonstra também a solidez ou dureza das partículas da água e, logo, a sua impenetrabilidade.

As leis que regem o movimento de queda de um corpo sujeito apenas ao seu peso foram enunciadas por Galileo Galilei (1564-1642) nos finais do séc. XVI, e a primeira lei significa na realidade que todos os corpos em queda livre estão sujeitos à mesma aceleração designada hoje em dia por aceleração da gravidade.
A principal contribuição de Galileo para a física foi o estudo do movimento, e sobretudo, do movimento acelerado, inventando uma relação nova, experimental, com os factos. Os resultados e as experiências descritas na sua obra Discorsi l dimonstrazioni matematiche intorno a due nuove scienze attenenti alla meccanica & l moviment locali (1638) "destruíram" a ordem estabelecida por Aristóteles (384-322 a.C.) e valeram-lhe o famoso título de fundador da ciência moderna.