Composto por um cilindro vertical, cuja superfície é coberta por uma folha de papel quadriculado (tendo uma série de traços verticais segundo as generatrizes do cilindro e outra série formando circunferências com planos perpendiculares ao eixo) e que gira uniformemente em redor do seu eixo pela ação de um sistema de relojoaria. Em frente do cilindro estão dois fios de aço nos quais escorrega e cai um cilindro cónico bastante pesado, armado de um lápis disposto de maneira a deixar marcado um traço sobre o papel quadriculado quando o corpo cai.

Utilizado para estudar as leis das quedas dos graves. O estudo faz-se do seguinte modo: pelo maquinismo de relojoaria põe-se o cilindro em movimento; quando tiver tomado movimento uniforme, deixa-se cair o corpo cilindro-cónico por uma impulsão brusca dada ao cordão ligado à pinça que o sustentava. Depois de efetuada a queda, pára-se o movimento do cilindro, destaca-se o papel quadriculado e interpreta-se o diagrama.

Arthur Jules Morin (1795-1880), general e professor no conservatório de Artes e Ofício de Paris, dedicou grande parte da sua vida a projetar e aperfeiçoar experiências para a determinação de coeficientes numéricos sobre o atrito, a rigidez de cabos, a colisão de corpos não rígidos e de projéteis, o feito útil dos principais recetores hidráulicos, etc., tornando-os familiares a todos os engenheiros e construtores. Entre as diversas invenções originais encontra-se precisamente o Aparelho de Morin para os estudos da queda dos graves. Um mecanismo elaborado que oferece uma precisão muito superior à da máquina de Atwood, e que, por ser tipo registador, elimina a dificuldade inerente à rapidez do movimento da queda - é possível analisar à posteriori e detalhadamente a curva obtida.