| Denomimaçao Especifica: | Higrómetro de M. Regnault |
| Descrição: | Composto por um tubo em vidro fechado inferiormente por um dedal de prata, cheio de éter, e possuindo no topo uma rolha atravessada por um termómetro muito sensível e por um pequeno tubo de vidro que mergulha completamente no líquido. Todo o dispositivo comunica por intermédio de uma tubuladura lateral com um aspirador de água. Escorrendo esta água, o ar exterior é forçado a entrar atravessando o éter e agitando-o, o que provoca a sua evaporação e portanto a descida da sua temperatura, que se comunica imediatamente ao dedal. Sendo assim, o ar exterior condensa-se em contacto com as suas paredes, depositando-se sob a forma de pequenas gotículas - ponto de orvalho. Neste momento a cor altera-se, perdendo o brilho metálico inicial, e para evidenciar mais facilmente o início desta alteração existe um outro tubo com dedal, em tudo semelhante, mas que não contém éter e que portanto mantém o brilho. Interrompendo a aspiração, o arrefecimento pára e a condensação desaparece. A média das temperaturas lidas aquando do aparecimento e desaparecimento da condensação é então utilizada no cálculo da humidade relativa. As leituras são efetuadas à distância com o auxílio de uma luneta para não alterar a composição do ar na vizinhança do aparelho. |
| Finalidade: | Utilizado para fazer a leitura das temperaturas da saturação do ar exterior, e pelo uso de tabelas apropriadas, determinar o estudo higrométrico do ar. |
| História do Objecto: | Henri Victor Regnault (1810-1878) em 1830 foi admitido na Escola Politécnica e em 1932 graduou-se na École Nationale Supérieure des Mines de Paris. Trabalhando para Justus von Liebig em Gießen, Regnault se distinguiu na nascente ciência da Química orgânica sintetizando vários hidrocarbonetos clorados, sendo designado professor de química na Universidade de Lyon. Em 1840 foi designado para a cátedra de química da Escola Politécnica, e no ano seguinte tornou-se professor de Física na Faculdade da França. No início de 1843 ele começou a compilar extensas tabelas numéricas das propriedades do vapor, que foram publicadas em 1847, o que o fez receber a Medalha Rumford da Royal Society of London e lhe valeu uma promoção a Engenheiro Chefe de Minas. Em 1854 foi nomeado diretor dos trabalhos em porcelana em Sèvres (subúrbio de Paris). Em Sèvres, ele continuou seu trabalho sobre as propriedades térmicas da matéria. Projetou termómetros, hipsómetros, higrómetros e calorímetros, e mediu o calor específico de algumas substâncias e o coeficiente de expansão térmica dos gases. No curso destes trabalhos descobriu que nem todos os gases se expandem da mesma forma quando aquecidos, e que a Lei de Boyle é apenas aproximativa, especialmente nas temperaturas próximas ao ponto de ebulição. Foi ainda um apaixonado pela fotografia amadora. Introduziu o ácido pirogálico como agente fotográfico, e foi um dos primeiros fotógrafos a usar papéis negativos. Em 1843 foi presidente fundador da Société Française de Photographie. Em 1871 seu laboratório em Sèvres foi destruído e seu filho Alex-Georges-Henri Regnault morreu, ambos os eventos como resultado da Guerra franco-prussiana. Ele abandonou as pesquisas científicas no ano seguinte, não se recuperando desses golpes. A cratera Regnault na Lua foi assim batizada em sua homenagem. |
| Localização: | Exposição - Sala de Física - 23.2 |
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| Tipo de Material: | vários | |||||
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| Época / Periodo Cronológico: | |
| Século(s): | - |
| Ano(s): | - |
| Justificação da Data: | |
| Outras Datações: |
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| Data: | |
| Ano(s): | - |
| Modo de Incorporaçao: | Aquisição |
| Preço: | 400$00 Esc. |
| Especificação: | Preço indicado no inventário de 1938 |
| Livros: |
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| Observações: | GANOT, A. - Traité Élémentaire de Physique, 17ª ed., Paris, 1876, fig. 314. |