Composto por um tubo de vidro de cerca de 90 cm de comprimento e de diâmetro variável entre 5 cm e 30 cm, fechado numa das extremidades. Estando perfeitamente limpo e seco no interior, é completamente cheio de mercúrio e invertido verticalmente, de modo a que a sua extremidade inferior fique mergulhada no mercúrio contido numa tina ou cápsula. Após esta operação, parte do líquido desce, deixando um espaço vazio no topo - a chamada câmara barométrica.
A pressão atmosférica é avaliada pela altura da coluna de mercúrio que a pressão do ar mantém elevada no tubo, pelo que tanto este como a tina se encontram fixos numa estrutura de madeira, onde se encontra gravada uma escala vertical, graduada em milímetros e colocada sensivelmente atrás da câmara barométrica.
Nesta escala lê-se a altura barométrica, a diferença entre os níveis de mercúrio na tina e no tubo e o seu zero deve coincidir com o nível de mercúrio na tina.

Utilizado para a medir a pressão atmosférica e a detetar a sua variação.

Evangelista Torricelli (1608-1647) foi um físico e matemático italiano. O estudo de "Duas Novas Ciências", de Galileu (1638) inspirou-lhe muitos desenvolvimentos dos princípios mecânicos aí apresentados, que, mais tarde, acabou por publicar no Tratado de Motu. O envio desta obra, por Castelli, a Galileu, em 1641, com uma proposta para que Torricelli fosse residir com o sábio florentino, levou a que Torricelli partisse para Florença, onde conheceu Galileu, e onde o serviu como amanuense durante os últimos três meses da sua vida. Depois da morte de Galileu, Torricelli foi nomeado matemático do grão-duque e professor de matemática na academia Florentina. A descoberta do princípio do barómetro que perpetuou a sua fama ("tubo de Torricelli", "vácuo de Torricelli") aconteceu em 1643. O torricelli (símbolo torr), uma unidade de pressão, recebeu o seu nome.